{Resenha} PDM



Título: PDM (PDM #1)
Autor: Stephen Wallenfels
Editora: Bertrand Brasil
Tradução: Catharina Epprecht
ISBN: 9788528619584
Número de Páginas: 280
Ano: 2014
Obs: Prova Antecipada
Classificação: 

PDM apresenta a história de dois adolescentes que lutam para escapar de um ataque alienígena. Alternando a narrativa entre a voz de Megs e a de Josh, o autor revela ao leitor o quanto a humanidade é capaz de lutar pela sobrevivência e como os seres humanos podem acabar se mostrando inimigos ainda mais perigosos do que os invasores desconhecidos.



Assim como no discurso de Ronald Reagan, 40º presidente dos Estados Unidos, em 1987, em nossa obsessão com os antagonismos de agora, acabamos esquecendo tudo o que une os seres humanos. Talvez precisássemos de uma ameaça externa, universal para reconhecermos tais laços comuns. "Às vezes até penso em como as diferenças do mundo sumiriam rapidamente se encarássemos uma ameaça fora do planeta.". E é a partir desse discurso que Stephen Wallenfels nos guia através das páginas de PDM.

O livro apresenta a história de um adolescente de 15 anos, Josh, e uma garota de 12, Megs. O primeiro se localiza em Washington e a segunda em Los Angeles, California. Ambos possuem uma vida "normal" até que, às 5h da manhã, guinchos invadem seus cérebros causando uma dor insuportável. Guinchos que anunciam a chegada das Pérolas da Morte (PDM), dos extraterrestres.

Raios descem das espaçonaves em direção aos humanos e carros, fazendo-os desaparecer ao seu toque. Todo o ser humano que está ao ar livre é alvo dos ETs. A única "salvação" é permanecer em um local coberto. 

Em Washington, Josh, um dos protagonistas narradores, fica confinado em sua casa juntamente com o seu pai e o seu labrador chamado Dutch (sua mãe havia viajado à trabalho). Ele nunca teve uma grande relação com o seu pai se comparado a que tinha com a mãe, tornando o ambiente um pouco desconfortável, mas isso não é uma grande barreira quando lá fora, no céu, possuem naves parecidas com Pérolas Negras que querem te capturar.

Do outro lado dos Estados Unidos encontra-se Megs. Após a gasolina do carro acabar, a mãe vai à uma "entrevista de emprego" dizendo retornar em uma hora, deixando Megs sozinha. Esse intervalo de uma hora é o suficiente para a invasão. Uma garota de 12 anos, sozinha dentro de um carro numa garagem de um hotel. Garagem que, futuramente, se mostrará mais perigosa do que os ETs lá de fora.

PDM se mostrou algo totalmente diferente do que eu esperava ao solicitar a prova. Esperava algo em que o núcleo fosse os Aliens, mas não. A invasão acaba sendo apenas uma alavanca para as coisas acontecerem. Josh acaba sendo obrigado a conviver com o seu pai 24 horas por dia, visando a sobrevivência, enquanto Megs, de apenas 12 anos, é obrigada a se esgueirar pela garagem à procura de comida e água, tomando cuidado para não ser capturada por alguns homens perigosos que habitam o hotel. Tudo isso acaba gerando um final totalmente inesperado.

Os capítulos são da maneira que eu mais gosto: com pontos de vista diferentes. Os capítulos se intercalam entre Washington e California, entre Josh e Megs. Cada um contando uma história em que o ponto em comum é a invasão.

Sendo o começo de uma série, Stephen conseguiu misturar com maestria a ficção científica com a essência humana, nos mostrando que, de certa forma, diante de uma invasão, as diferenças acabam sumindo, garantindo a união. Estou muito ansioso pelo segundo volume, que ainda não tem previsão para estreia aqui no Brasil. 
   

2 comentários :

  1. Estou hiper, mega, master ansiosa para ler este livro *____*
    Adorei a resenha!

    Beijos,
    Livy
    No Mundo dos Livros

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  2. Infelismente não faz meu gênero.
    Fantasias exageradas e ficção
    não dá não!

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