{Crítica} Popstar: Sem parar, Sem Limites



No mundo do pop, três coisas são garantidas quando surge uma nova estrela: premiações, sites de fofoca e um documentário acompanhando a sua vida dentro e fora dos palcos. Mas, ao contrário de Justin Bieber, Lady Gaga e tantos outros artistas cujas produções encobriram turnês e shows históricos, o astro Connor4real está em um momento nada favorável em sua carreira. Em meio á uma crise profissional e pessoal depois do fracasso de seu ultimo album, ele está disposto á tudo (tudo mesmo) para manter sua fama.

Juntando dois gêneros em alta, pseudo-documentários e realitys sobre celebridades, esse filme pode até ter um ar de "já vi antes", mas acreditem, á tempos eu não ria tanto com uma comédia! O protagonista é um cantor egocêntrico e extravagante, daqueles que só faltam pendurar um letreiro com o próprio nome na testa. Ele arrumou uma inusitada estratégia de marketing para promover seu novo CD, que basicamente consiste em embutir suas musicas em eletrodomésticos. Só que os fãs não curtiram ter que ouvir as músicas de Connor toda vez que ligassem o lava-louças por que será? e o marketing revolucionário só piorou o que estava ruim. Agora resta á ele voltar com a sua antiga banda, os Style Boyz, ou insistir em formas malucas de se autopromover.

Embora o título nacional dê a impressão de que o filme terá algum drama, não é isso o que vemos, ainda bem, porque ele traz um ar tão debochado (o nome original, para se ter idéia, é Popstar- Nunca Pare, Nunca Parando) que algo mais pesado quebraria o clima. O que não quer dizer que seja uma comédia familiar, já que tem xingamentos á granel, referências á drogas, sexo e alfinetadas á, bem, á tudo! Nem o site TMZ (que aqui é CMZ) escapa!

O que eu mais gostei, sem sombra de dúvidas, foram as musicas. Desde um clipe onde Connor apóia o casamento gay deixando BEM claro que é hétero, aos próprios shows, elas funcionam mesmo á parte de uma estória. A trama é agradável e chega á, tirando extravagancias, parecer um documentário real. Além disso, ela está recheada de participações especiais como Seal, Pink, Mariah Carey, 50 Cents e um holograma do Adam Levine (terão que assistir para entender).

O incrível é que toda a estória tem uma inspiração verdadeira, já que os três atores principais (os comediantes Andy Samberg, Jorma Taccone e Akiva Schaffer, esses dois ultimos também diretores do longa) são amigos e tem uma banda de rap satírica, The Lonely Island, de onde surgiu boa parte do recheio musical deste filme.

Se tenho algo á reclamar é a pequena recepção que esse filme (como tantos outros que eu comento aqui) teve no Brasil, já que eu nem o conheceria se não fosse pelo sinal aberto de um certo grupo de canais em fevereiro. Claro que não dá para dizer que ele é um filme sério, histórico, na verdade é uma coisa bem besteirol, aquele tipo que assistimos quando queremos aliviar nossa mente sem nos privar de um humor de qualidade, algo que precisamos de vez em quando.


Título: Popstar: Sem Parar, Sem Limites (Popstar: Never Stop, Never Stopping)
Elenco: Andy Samberg, Jorma Taccone, Akiva Schaffer, Sarah Silverman, Tim Meadows
Direção: Jorma Taccone e Akiva Schaffer
Gênero: Comédia
Duração: 1h 27min
Classificação: 16 anos
Avaliação: 

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