{Resenha} Correr ou Morrer



Título: Correr ou Morrer (Maze Runner #1)
Autor: James Dashner
Editora: Vergara & Riba
Tradução: Henrique Monteiro
ISBN: 40232858970
Número de páginas: 426
Ano: 2014
Classificação: 
Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.
Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.
Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.

Labirintos são ambientes usados em várias histórias, como Minotauro, Alice no País das Maravilhas e "Quem Mexeu no Meu Queijo?", porém, colocá-lo num ambiente distópico? James Dashner é o pioneiro. E nada mais poderia ter dado tão certo.

O livro já começa no mistério: Thomas acorda em um elevador sem memória. Está subindo em direção ao desconhecido sem saber quem ele realmente é, o que está fazendo ali e como foi parar ali. Está totalmente perdido. Porém, depois de um tempo, A Caixa (como o elevador é chamado) para e o teto é aberto, revelando vários meninos e um lugar que ele nunca tinha visto antes. Um lugar rodeado por paredes enormes. Rodeado por um labirinto. Este lugar é a Clareira.

Os Clareanos, ou seja, os que habitam naquele lugar, tem uma coisa em comum com Thomas: quando apareceram lá, só lembravam de seus nomes; porém, já estão acomodados e levam uma vida normal, cada um tem um trabalho, e este é realizado todos os dias, sem nenhuma mudança, mas é claro que o nosso protagonista não irá aceitar essa rotina: perguntas começam a surgir em sua mente em busca da razão de estarem alí. E ele não irá sossegar até que obtenha as respostas. Estas que, quando relevadas, nos levarão a mais perguntas.

As perguntas aumentam cada vez mais quando o padrão da Clareira é rompido. Antes, uma vez por mês, no mesmo dia, um garoto era enviado pela Caixa, porém, um dia depois de Thomas chegar, uma garota chamada Teresa é enviada com uma mensagem em suas mãos dizendo que ela seria a última. O que estaria acontecendo? Pois é, ninguém sabe.

No começo do livro somos apresentados à Clareira e aos meninos que lá habitam. É claro que, por Thomas ser o protagonista, o foco da narrativa é ele, mas eu senti uma falta de aproximação com os outros personagens. Entre mais ou menos 50 meninos, somos apresentados a poucos, entre eles Alby, Newt, Chuck, Minho e Caçarola. Senti falta de saber um pouco mais a fundo o ponto de vista de cada personagem. Entendo que, para explorar uma maioria, o livro teria páginas infinitas e, por se tratar de uma série de livros, James pode explorá-los pouco a pouco. Irei torcer para isso.

Sobre o labirinto: insano. Só a ideia de colocar jovens em um labirinto gigantesco e praticamente indecifrável é magnífica, ainda mais quando se faz isso com muita maestria. Não basta ser um labirinto comum, ele tem que mudar os seus muros todas as noites e ainda habitar seres metade orgânicos metade máquinas chamados Verdugos que podem acabar com a sua vida. Genial!

Enfim, diferente das outras distopias em que somos apresentados ao problema e a quem é responsável por ele logo de primeira, em Maze Runner: Correr ou Morrer não sabemos nada. Somos praticamente Fedelhos (como são chamados os novatos), aprendendo de pouco em pouco, juntamente com Thomas, sobre a Clareira, o labirinto, os personagens. Tudo isso com muita ação, mistério, suspense e uma pitada de comédia. Um ótimo início de série.  

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