{Resenha} O Psicopata Americano



Título: O Psicopata Americano
Autor: Bret Easton Ellis
Editora: Rocco
ISBN: 9788525424266
Número de páginas: 477
Ano: 2011  
Classificação: 


Em 'Psicopata Americano', Bret Easton Ellis explora a maldade e a insanidade da violência. Patrick Bateman vive entre os jovens descolados da Manhattan dos anos 80. Jovem, bonito, e bem educado. Um serial killer que de dia faz fortuna em Wall Street.






Sem sombra de dúvidas, foi o livro mais doentio que já li. A história é contada em primeira pessoa, pelo Vice presidente da Pierce & Pierce: Patrick Bateman.

Ele tem a vida que todos nós mortais gostaríamos de alcançar; ele é rico, inteligente, bonito e já possui um poder considerável em Wall Street com apenas 26 anos, que foi herdado de seu pai. Ótimo não? Na vida perfeita de Bateman só existe um pequeno problema, como ele mesmo diz no começo do livro: Ele não existe. Todas essas qualificações citadas abaixo, são apenas máscaras de um assassino psicopata sem compaixão com qualquer criatura viva.

Pesquisando na internet sobre a obra, notei que haviam muitas críticas negativas. Apesar de ser um dos meus livros favoritos, eu entendo o motivo de muitos terem reprovado esse trabalho do Bret Easton Ellis. O autor é extremamente detalhista com roupas e marcas que o protagonista observa nas pessoas ao seu redor (o que se torna um problema, quando duas ou mais pessoas abordam o personagem e ele faz uma descrição dos pés à cabeça) Então, ele entra no trabalho de oito ou oitenta, ou vão gostar muito do livro, ou vão ler duas páginas e jogar fora. Como eu sou muito apegado em detalhes, eu achei essa obra sensacional. O livro aborda muito futilidade de um consumismo desenfreado, dos personagens de classe A, com base nessa narrativa, foi fundamental o protagonista descrever todos de maneira minuciosa. No circulo social de Patrick Bateman, as pessoas não são conhecidas pela personalidade, as pessoas são conhecidas pelas marcas de roupas, qualificação profissional e sobrenome.

Acredito que American Psycho não seja recomendável para aqueles que não possuem um estômago forte. O livro foi rejeitado por diversas editoras, por causa das fortes cenas de sexo, drogas e rock n roll  violência.

O que mais me chamou a atenção nessa obra, foi a excelente construção de personagens com determinadas características e as duras críticas que o autor faz a sociedade da época. Na verdade, Patrick Bateman é um reflexo de capitalismo selvagem que era vivido nos anos oitenta. O filme foi bastante fiel ao livro, com os pensamentos perturbados do protagonista e com o tempo isso vai piorando ao ponto de deixar o leitor também confuso. Claro, algumas cenas do livro foram cortadas para ser adaptada ao cinema, do contrário ele seria considerado não filmável.

"Minha dor é constante e aguda e não quero um mundo melhor para ninguém. Na verdade, quero infligir minha dor aos outros. Não quero que ninguém escape."

Curiosidades sobre o filme:

-Patrick Bateman é vizinho de Tom Cruize

- Tanto o livro quanto o filme causaram muita polêmica nos Estados Unidos, devido as fortes cenas de violência.

-A namorada de Patrick Bateman brinca com seu sobrenome o chamando de Batman (O héroi morcego) o que é hilário, pois Cristian Bale que interpretou Patrick Bateman em American Psycho também fez o papel do Batman no cinema. Coincidência?

- Leonardo Di Caprio foi escolhido para interpretar Bateman, porém achou o filme "perigoso" para sua carreira.

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