{Resenha} O Sol é Para Todos



Título: O Sol é Para Todos
Autor: Harper Lee
Editora: José Olympio
ISBN: 9788503009492
Número de Páginas: 364
Ano: 2011
Classificação: 

Acompanhando três anos da vida dos jovens Jem e Scout Fincher numa terra de profundo preconceito racial, a história é pontuada pelo caso de um homem negro injustamente acusado do estupro de uma garota branca numa pequena cidade do Alabama.
Scout, a narradora da trama, e Jem, seu irmão mais velho, são filhos do advogado Atticus Fincher, designado a defender Tom Robinson - acusado de estupro. Sobre esse pano de fundo, por meio de uma narrativa divertida e precisa, as duas crianças e seu amigo Dill passam a conhecer o estranho mundo em que vivem, encontram personagens inesquecíveis (Calpúrnia, Dolphus Raymond e, especialmente, o recluso Boo Radley) e descobrem os significados de palavras como respeito e tolerância.
Retrato fiel do terreno sulista norte-americano no início dos anos 1930, foi eleito pelo americano Librarian Journal o melhor romance do século XX.

A história é narrada em primeira pessoa, por uma criança chamada Jean Louise, ou pelo seu apelido de escoteira. O começo da história foi um tanto tediosa para mim, pelo motivo de contar as travessuras da protagonista junto de seu irmão Jem e o vizinho Dill. Não que não sejam histórias elaboradas, mas simplesmente não prendeu minha atenção, porém, como a história é contada por uma criança de seis anos, nada mais justo.

Até metade do livro, a autora descreve apenas a vivência da personagem com o cidadãos de Maycomb e traça o perfil da sociedade da época (a história é contada em 1930). Jean e seus amigos criaram uma lenda de Arthur Radley, por ele morar na vizinhança e nenhuma das crianças o terem visto alguma vez, e outras diversas histórias. Como toda criança que se preze, eles vêem aquele vizinho como uma figura assustadora.

A segunda parte da obra, retrata Atticus Fincher, pai de Jean e Jem, um dos advogados mais renomados do vilarejo de Maycomb que foi escolhido pelo estado e tem como objetivo defender um negro acusado de estuprar uma mulher branca. Todos se revoltam pelo fato de um branco defender um negro. Por mais que isso seja normal hoje em dia, a história é contada nos anos 30, então essa situação se torna totalmente anormal, ainda mais nas circunstâncias citadas.

Nesse ponto da história, a protagonista Jean Louise não entende o motivo de seu pai sofrer diversas agressões verbais e físicas, a sociedade ser tão preconceituosa e intolerante, a ponto de condenar alguém sem provas, a não ser duas pessoas brancas sem nenhum resquício de caráter.

Particularmente, se hoje em dia essa obra é um tapa na cara da sociedade, na época, o livro deve ter sido um verdadeiro chute no estomago. Achei a autora extremamente corajosa por abordar esse assunto tão delicado de maneira crua, ética e sem demagogia.

Apesar de não ser muito meu estilo, essa é uma obra que pode ser levada pelo resto das nossas vidas e nos ensina que, apesar de existir tantas pessoas ruins no mundo, há muitas boas e que querem sair daquele pensamento da "caixa".

Um comentário :

  1. to ansiosa pra ler esse!!
    parabens, o blog está otimo!
    tb tenho um, se quiserem visitar http://rodapedelivros.blogspot.com.br
    ;)

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