{Resenha} Oníria - O Reino dos Sonhos



Título: Oníria - O Reino dos Sonhos (Oníria #1)
Autor: B. F. Parry
Editora: Verus
Tradução: André Telles
ISBN: 9788576864363
Número de Páginas: 252
Ano: 2016
Classificação: 

Existe um mundo de cuja existência ninguém suspeita. Um lugar, porém, para onde todos nós viajamos a cada noite. Um universo em que tudo é possível. Oníria, o Reino dos Sonhos.
Eliott, de doze anos, aparentemente é um menino como outro qualquer. Até o dia em que sua avó lhe dá uma ampulheta mágica que lhe permite viajar a um mundo tão incrível quanto perigoso: Oníria, o Reino dos Sonhos. Um mundo onde milhares de personagens e universos ganham vida, assim como as coisas mais loucas e assombrosas sonhadas todas as noites pelos seres humanos. Um mundo no qual o espírito do pai de Eliott, mergulhado em um sono misterioso, estaria preso há vários meses.
Estudante comum de dia, mas um poderoso Criador à noite, Eliott pode fazer aparecer tudo o que deseja pelo simples e imenso poder de sua imaginação. Explorando Oníria para salvar seu pai, Eliott se verá confrontado com seu extraordinário destino: ele descobrirá que é o Enviado, encarregado de salvar o reino, ameaçado pela sangrenta revolução dos pesadelos.

Você já pensou se seus sonhos virassem realidade? Se tudo o que você já sonhou estivesse vivo num mundo juntamente com os sonhos e pesadelos de outras pessoas? E que para criar qualquer coisa nesse mundo, só seria necessário pensar? É nessa linha de pensamento que B. F. Parry nos leva ao mundo dos sonhos nas páginas de Oníria: O Reino dos Sonhos, tudo de um jeito bem legal.

Elliot tem doze anos e está vivendo uma época um pouco conturbada, não só por estar entrando na adolescência, mas porque ainda sofre pela sua mãe, que morreu há cinco anos, e agora pelo seu pai, que está internado há seis meses, tendo que conviver com a sua madrasta, que é uma megera. Como se tudo isso não bastasse, os colegas da escola ainda pegam no pé do garoto, tornando tudo um pouco mais difícil. Mas Elliot tem Mamillou, o que deixa as coisas um pouco melhores.

Desde que era pequeno, Elliot escuta histórias de Mamillou sobre um mundo chamado Oníria, cheio de seres mágicos e aventuras. Ela também o ajudou a lidar com os pesadelos, fazendo perceber coisas quase imperceptíveis e a imaginar meios de se acabar com os montros. O que não se esperava era que Oníria realmente existisse.

Numa visita da família ao hospital onde o pai de Elliot, Phillippe, está internado, algo estranho acontece: o pai, que nunca tinha dito nada durante o coma, pois apenas dormia, disse algo que comprovou uma desconfiança que Mamillou tinha, que era de que Phillippe estava assim por conta de Oníria e o único jeito de se obter a cura seria ir para o mundo dos sonhos atrás do Mercador de Areia.

Quem deveria ir ao mundo de Oníria seria Elliot, que, sem acreditar antes, aceita a missão e parte para o mundo dos sonhos para enfrentar vários perigos e encarar várias aventuras, desafiando-o a compreender seus poderes, sabendo depois que ele é o Enviado, que seria o encarregado de salvar o reino de Oníria, que está passando por certos conflitos. Além de procurar a cura para o pai, o garoto ainda terá que lidar e aceitar esse fato.

Em Oníria - Reino dos Sonhos, temos a típica jornada do herói, repleta de magia, seres estranhos, todos criados por nós humanos durante nossos sonhos ou pesadelos. É um livro bastante instigante e com personagens muito interessantes e carismáticos. Todo o universo criado por B. F. Parry é repleto de detalhes, e sem fronteiras, que fazem uma grande diferença na narrativa, que, por sinal, é muito bem escrita.

Os capítulos, a partir da primeira viagem de Elliot, começam a ser intercalados entre o mundo real e o mundo dos sonhos, até Elliot acordar. O fato dos capítulos serem assim tornou a leitura ainda mais fluída e instigante e ao mesmo tempo nada cansativa, deixando um ritmo de leitura bem legal.

Como se trata de uma trilogia, o fim do livro não existe, terminando como uma ponte, deixando qualquer leitor curioso para saber o que irá acontecer, principalmente terminando como terminou. Eu mesmo estou muito ansioso para saber um pouco mais das aventuras de Elliot.

Sobre a edição da Verus: impecável. A capa, que foi um dos motivos para eu me interessar, me lembrou muito um jogo de videogame de fantasia, algo relacionado a RPG, além de ser muito bonita e faz totalmente jus às características dos personagens. O tamanho da fonte é muito boa e as folhas ainda são amareladas, tornando a leitura bem agradável.

Como início de uma trilogia de fantasia para o público juvenil, B. F. Parry soube iniciar muito bem. É uma jornada do herói num mundo com várias possibilidades, repleto de imaginação e com uma escrita muito envolvente. É ótimo para quem gosta de livros rápidos e fantasias cheias de aventuras.

0 comentários :

Postar um comentário