{Resenha} Os Dois Terríveis Ainda Piores



Título: Os Dois Terríveis Ainda Piores (Os Dois Terríveis #2)
Autor: Jory John e Mac Barnett
Editora: Intrínseca
Tradução: Marina Vargas
ISBN: 9788580579925
Número de Páginas: 224
Ano: 2016
Classificação: 
Série: Livro 1: Os Dois Terríveis

Miles e Niles continuam pregando peças. E agora vão contar com um ajudante de peso para derrotar um terrível vilão.
A dupla mais terrível de Vale do Bocejo está de volta, e agora os dois amigos precisarão ser mais inteligentes e desordeiros do que nunca se quiserem dar fim a um vilão alérgico a brincadeiras e felicidade.
Miles e Niles estavam vivendo a era de ouro da pregação de peças. Cada dia uma mais elaborada e hilária do que a outra. Só que tudo que é bom acaba. Sem querer, os meninos acabam fazendo com que o sr. Bronca seja demitido. Em seu lugar, entra um homem ranzinza que detesta alegria e que fará de tudo para acabar com a epidemia de trotes que se espalhou pela escola.
Agora, os dois amigos terão que se esforçar para botar em prática suas peças mais arrojadas e trazer de volta a diversão para a escola.
No segundo livro da série mais terrível de todos os tempos, os autores e melhores amigos Mac Barnett e Jory John provam mais uma vez que peças e trotes, quando pregadas com sabedoria e inteligência, podem ser uma forma de fazer justiça — e causar muitas risadas.

Livros infanto-juvenis são o meu fraco, principalmente quando ilustrados (e com capa dura). Quem acompanha o blog já deve saber disso. Li o primeiro livro da série, Os Dois Terríveis, ano passado e foi considerado por mim como uma das melhores leituras de 2015, portanto, quando soube do lançamento da sequência, fiquei ávido para conseguir ler. Mas, infelizmente, muito infelizmente mesmo, o enredo não se mostrou tão legal e divertido quanto o do primeiro livro.

Em Os Dois Terríveis ainda Piores, acompanhamos o segundo ano de Miles na escola de Vale do Bocejo, para a qual havia se mudado no primeiro livro. Ele e Niles ainda são Os Dois Terríveis, aprontando e pregando peças em várias pessoas, até mesmo nas ruas da cidade. Cada dia mais eles estavam se superando, criando uma peça melhor do que a outra, porém, nem tudo são flores, tudo que é bom sempre acaba.


No dia de tirar fotos, que é uma tradição da escola, Miles e Niles decidiram aprontar. Porém, a pregação de peças desse dia, juntamente com o histórico que eles já vinham tendo, mesmo sem ninguém ter conhecimento dos responsáveis, acabaram de um jeito que eles não esperavam: a demissão do sr. Bronca, que foi substituído pelo pai, Bertrand Bronca, um diretor muito diferente do filho, que botou fim nas brincadeiras e nas peças dos garotos, independente do custo.

Nessa sequência, temos uma atmosfera um pouco diferente do outro livro, até porque temos um diretor bem diferente. Enquanto no primeiro livro tivemos várias peças dignas de gargalhadas e sorrisos, aqui Miles e Niles já estão impossibilitados de realizar o que fazem de melhor e fazer jus ao nome Os Dois Terríveis, porque Bertrand é praticamente um tirano, chegando a dar raiva em algumas vezes.


É legal acompanhar a amizade dos dois garotos, pois antes eram apenas colegas e agora se mostram ótimos amigos, não apenas pregadores de peças. É legal também conhecer um lado diferente do sr. Bronca, já que se torna ex-diretor, e a relação dele com os meninos, que se torna um pouco diferente.

O livro acompanha o mesmo padrão do outro quanto a edição: capa dura, folhas grossas, ótimo acabamento e várias ilustrações. Uma coisa que eu sempre vou falar dessa série é sobre o diálogo entre imagem e texto, já que eles são interdependentes, um conversa, complementa o outro, causando um efeito muito legal. A Intrínseca está de parabéns quando a edição, de novo (sem supresas).


Vocês devem estar se perguntando o porque da nota média para o livro já que eu não falei nada de negativo sobre (ainda). Por ter me divertido tanto com o primeiro livro, eu já tinha alguma expectativa quanto a sequência, porém, o livro se mostrou algo completamente diferente, principalmente por não ser tão recheado de peças assim, focando no autoristarismo do novo diretor da escola. Essa foi uma mudança que fez bastante diferença, porque, enquanto você ri bastante num livro, no outro você acaba ficando um pouco com raiva da situação em que os meninos se encontram. Acredito que "fugiu" um pouco, principalmente pelo "Ainda Piores" no título. Mas, ainda assim, não é um livro que você se sente arrependido de ter lido ao acabar, muito pelo contrário.

Enfim, Os Dois Terríveis Ainda Piores, é uma sequencia um tanto diferente do primeiro livro, podendo agradar ou não alguns, já que a quantidade de risadas não é a mesma, mas ainda assim é uma leitura que gera certa reflexão, principalmente pelo público-alvo, o infatojuvenil, quanto ao totalitarismo e injustiça, ainda repleto de ilustrações bem legais. Vale a pena continuar a série pra quem gostou do primeiro (ou pra quem não leu também).   

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