{Resenha} E Se Fosse a Gente?



Título: E Se Fosse a Gente?
Autor: Becky Abertalli e Adam Silvera
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788551004883
Número de Páginas: 352
Ano: 2019
Classificação: 

De férias em Nova York, Arthur está determinado a viver uma aventura digna de um musical da Broadway antes de voltar para casa. Já Ben acabou de terminar seu primeiro relacionamento, e tudo o que mais quer é se livrar da caixa com todas as lembranças do ex-namorado.
Quando eles se conhecem em uma agência dos correios, parece que o universo está mandando um recado claro. Bem, talvez não tão claro assim, já que os dois acabam tomando rumos diferentes sem ao menos saberem o nome ou telefone um do outro.
Em meio a encontros e desencontros — sempre embalados por referências a musicais e à cultura pop ¬—, Ben e Arthur se perguntam: e se a vida não for como os musicais da Broadway e os dois não estiverem destinados a ficarem juntos? Mas e se estiverem? Aos poucos, eles percebem que às vezes as coisas não precisam ser perfeitas para darem certo e que os planos do universo podem ser mais surpreendentes do que eles imaginam.

Primeiramente tenho que comentar sobre o meu sumiço por aqui. Vida de estudante que trabalha já não é fácil e piora ainda mais quando se é pego por uma ressaca literária. Que foi o que aconteceu. Por dois meses, o que, consequentemente, influenciou aqui no blog, já que eu não tinha livros lidos para resenhas, mas espero que agora tudo volte ao normal, então vamos à resenha desse livro bem amorzinho de uma das minhas autoras favoritas.

O livro foi sorteado para a leitura do Clube do Livro que eu participo, o que me deixou bastante feliz, pois já estava muito ansioso para essa leitura, porém fiquei um tanto balançado por algumas resenhas que acabei lendo antes de iniciar a leitura, pois elas não eram de forma algumas positivas, muito pelo contrário, o que me fez ficar ainda mais curioso e diminuir as minhas expectativas.

A história de E Se Fosse a Gente? é contada através do ponto de vista de dois garotos: O Ben e o Arthur. Ben é um garoto que recentemente terminou com o seu namorado, o seu primeiro relacionamento e ainda está lidando com isso. Arthur está num programa de estágio em Nova York e quer viver uma aventura na grande cidade, principalmente por ter a Broadway, já que ele é viciado em musicais. O acaso junta os dois.

Enquanto Ben está indo para o correio para devolver as coisas do seu namorado, Ben está indo resolver algo para a empresa onde trabalha. Os dois garotos se conhecem, porém, o acaso age e os dois vão embora sem saber nome e sem forma de manter contato um com o outro. Isso em nova York. Porém, é aí que o enredo começa a se desenvolver, em meio a encontros, desencontros e manobras do destino, Becky e Adam dão vozes aos personagens, dando vida a um romance bem fofo.

Minha última experiência com a Becky não tinha sido muito boa, que foi com Leah Fora de Série, porém, E Se Fosse a Gente? se tornou uma das melhores leituras de 2019 pra mim, diferente das outras resenhas que eu tinha lido antes de iniciar a leitura.

O enredo, apesar de ser bastante clichê (com ressalvas para o final), é bastante importante por conta do gênero, já que é difícil encontrar romances LGBT+ sem o foco no preconceito, doenças sexualmente transmissíveis, ou até mesmo autoaceitação. Posso dizer que, se você trocasse os personagens principais por um casal hétero, o  efeito seria o mesmo, já que os garotos tem famílias e amigos que os aceitam completamente. É um ponto muito forte do livro.

A questão do ponto de vista é algo que me agrada muito, visto que a gente acaba sabendo um pouco mais sobre cada personagem. Becky e Adam, cada um responsável por um personagem, o que me deixou um tanto na dúvida sobre quem escreveu sobre quem, mas o resultado final me agradou bastante. Os dois garotos estão passando por momentos difíceis e isso influencia no relacionamento dos dois, o que torna tudo mais real (talvez um pouco mais intenso, por serem adolescentes/jovens adultos), se aproximando ainda mais do leitor, principalmente se estiverem vivendo situações parecidas.

E Se Fosse a Gente? acabou sendo uma ótima surpresa pra mim, superando minhas expectativas. É um romance clichê, água com açúcar, digno de café da tarde, que entretém, diverte e ainda é, como bônus, é recheado de referências à musicais da Broadway (inclusive o título do livro). Recomendo para quem quiser ler um young adult bem leve.

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