{Resenha} O Exorcista



Título: O Exorcista
Autor: William Peter Blatty
Editora: Agir
Tradução: Carolina Caires Coelho
ISBN: 9788522013821
Número de Páginas: 333
Ano: 2013
Classificação: 

Inspirado em uma matéria sobre o exorcismo de um garoto de 14 anos, o escritor William Peter Blatty publicou em 1971 a perturbadora história de Chris MacNeil, uma atriz e mãe que está filmando em Georgetown e sofre com as inesperadas mudanças de comportamento de sua filha de 11 anos, Regan. Quando a ciência não consegue descobrir o que há de errado com a menina e uma nova personalidade demoníaca parece vir à tona, Chris busca a ajuda da Igreja no que parece ser um raro caso de possessão demoníaca. Cabe a Damien Karras, um padre da universidade de Georgetown, salvar a alma de Regan, enquanto tenta restabelecer sua fé, abalada desde a morte de sua mãe. Em O exorcista, Blatty conseguiu dar ao demônio a sua face mais revoltante: a corrupção da alma de uma criança. A jovem Regan é, ao mesmo tempo, o mal e sua vítima. Ela recebe a pena e a revolta dos leitores e espectadores em doses equivalentes e, mesmo quarenta anos depois, seu sofrimento e o abismo entre o que ela era e o que se torna continuam nos atormentando a cada página, a cada cena. Até, enfim, descobrirmos que não se trata apenas de uma simples história sobre o bem contra o mal. Ou sobre Deus contra o demônio. Mas sobre a renovação da fé.

Mundialmente conhecido, O Exorcista completa quarenta anos com uma edição nova do livro. Muitos já tiveram a oportunidade de assistir ao filme, e muitos também dizem que nunca mais assistirão devido ao impacto que o filme gerou. Agora imagine esse filme tão chocante escrito detalhadamente nas páginas de um livro. Horror, medo, desespero. É isso que esse livro traz.

Aparentemente, Chris vive uma vida tranquila com a sua filha Regan, sua secretária Sharon e seus empregados Karl e Willie. Até que Regan começa a ficar estranha. E com o tempo, o comportamento estranho de Regan começa a piorar e se intensificar. Sua mãe procura ajuda médica, mas nada mostra que há algo errado com Regan, ao contrário, ela parece estar com a saúde mental normal. Mas Chris sabe que há algo de errado com Regan, ela não é mais sua garotinha, há algo mais vivendo em Regan. Até que Chris desesperada resolve chamar o padre Karras, mesmo sendo atéia, pede pro padre exorcizar Regan. Karras fica em dúvida: estaria Regan realmente possuída ou era um problema mental? Karras irá até o fim para desvendar esse mistério e acaba sendo o pivô dessa assustadora história, pois querendo ou não, ele terá que lutar contra seus demônios para poder lidar com o ''demônio'' que está em Regan.

''- Você disse que é o Diabo? - perguntou ele.
- Eu garanto que sim.''

Um dos empregados de Chris, Karl, é também uma chave importante nesse livro. Além de ser um homem misterioso, ele esconde segredos que virá a tona quando o Detetive William Kinderman vier investigar um possível assassinato. Kinderman não sabe absolutamente nada que se passa com Regan, mas mesmo assim acaba desvendando um mistério que vem desde o começo do livro: Quem vem realizando as Missas Negras? Kinderman é um detetive astuto, usa sua bondade e carisma pra conseguir respostas. Mas quando a verdade vem a tona, é que Kinderman percebe que as vezes, a verdade pode ser assustadora.

Esse livro não é sobre religião, sobre ou não a existência de um Deus. É sobre a personificação do Mal. Como o Mal pode vir sob várias formas e sob qualquer pessoa, até mesmo em uma criança. É realmente um livro perturbador. É impossível lê-lo sem se impactar com a história, ainda mais quando se percebe que Regan não passa de uma criança que grita por ajuda. Simplesmente um livro muito bem escrito, chocante e com uma história que te prende do começo ao fim.

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