{Resenha} O Guia do Mochileiro das Galáxias

Título: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Tradução: Paulo Fernando Henriques Britto e Carlos Irineu da Costa
ISBN: 9788599296943
Número de Páginas: 160
Ano: 2010
Classificação: 

Skoob

O Guia do Mochileiro das Galáxias começou sua história como uma série de rádio e, depois, uma compilação em fita cassete. Arthur Dent, um inglês azarado, escapa de um evento dramático - a destruição da Terra - graças a um amigo de Betelgeuse que, enquanto estava ilhado em nosso planeta, havia se disfarçado de ator desempregado. Arthur se vê arrastado, apesar de seus protestos histéricos, para as situações mais alucinadas nos pontos mais distantes do tempo e do espaço. O que realmente sustenta este livro hilariante, através de sua viagem freneticamente bizarra pela galáxia rumo ao legendário planeta de Magrathea e além, é a pergunta profunda sobre o porquê. De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? Onde vamos almoçar hoje?

A complexidade encontrada na leitura desse livro é tamanha que não será possível descrever o quanto meus miolos pensaram para imaginar cada situação, e o quão dificultoso foi imaginar tudo o que é descrito. Se quiser se arriscar a conhecer O Guia do Mochileiro das Galáxias e descobrir a verdade por trás de todas as maravilhas (ou não) sobre o Universo, fique a vontade, mas infelizmente só posso te dar um pequeno conselho, mas muito valioso: NÃO ENTRE EM PÂNICO!


Era apenas mais uma infeliz manhã para o inglês Arthur Dent, até ele se lembrar que o esperavam do lado de fora da sua casa para derrubá-la contra a sua vontade, ai a manhã passou de infeliz para injusta, triste e amarga. Mas ele não teria se importado tanto com isso se soubesse o que viria a acontecer minutos depois.

Ford Prefect, um ET disfarçado de humano e amigo de Arthur resolve salvar o amigo, do que mais tarde viria a ser conhecido como a destruição de todo o planeta Terra. A tarefa não foi fácil, mas por fim Arthur cedeu. E é aí que começa a aventura.

Depois de conseguirem se livrar de todo o bombardeio, começa a expedição pela galáxia, fugindo de situações improváveis e cômicas. Arthur entra em um estado de esteria (não sei se posso definir assim) ou assombro por ver que existem vidas além do que ele poderia ser capaz de imaginar em outros planetas e galáxias de todas as formas inimagináveis.

Neste primeiro livro é apresentado O Guia, onde estão reunidas todas as informações necessárias para sobrevivência na galáxia como um todo, de cara você descobre que é indispensável ter na bagagem de todo mochileiro uma toalha (usada até para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal, além de te enxugar e te esquentar, claro). 

Logo se juntam a Zaphod Beeblebrox, o Presidente de toda a Galáxia, em sua nave Coração de Ouro, e lá também conhecem Trillian (é mulher) e o robô depressivo Marvin (o cara conseguiu enfiar até um robô depressivo na história, isso é fora do normal, Douglas Adams tinha sérios problemas). Sem rumo nenhum, Zaphod ia aonde dava na telha. E todos saem sem rumo, como eu já disse, mas isso não tem importância. E passam por zilhões de situações sinistras e improváveis. Até descobrem como a terra foi criada e para quais fins ela foi criada, e como ela foi destruída, e tudo o mais... mas também não tem tanta importância não.

Não entenderam nada? Então, o livro é desse jeito também, você entende apenas 10% (ou nem isso), e o resto você imagina que é de algum jeito possível de existir, essa ficção científica é bem idiota, mas bem idiota mesmo, daquelas idiotices que te faz rir, e não consegue largar até saber o que vai acontecer, que nomes mais esquisitos aparecerão, qual espécie é mais inteligente que os humanos, aonde chegarão no final de tudo, e pra quais fins todas as coisas improváveis acontecem.

O que me incomodou na leitura foi o autor deixar seu lado ateu gritar tão alto e deixar isso tão explícito em sua literatura, respeito religiões contrárias a minha, mas não precisava tirar tanto sarro.

Pretendo ler o resto da série apenas por que já comecei, e por despertar uma curiosidade estranha em mim em saber até aonde a mente de um autor cientista pode chegar, desculpe aos fãs do Guia, mas eu prefiro Doctor Who. E não foi dessa vez que Adams entrou para minha lista de autores preferidos, quem sabe nos próximos livros.

Mas leiam gente, falo sério, leiam, tirem suas próprias conclusões deste livro recheado de críticas, humor, sarcasmo e esquisitices. Quem sabe vocês gostem... quem sabe.