{Resenha} Os Elefantes Não Esquecem

Título: Os Elefantes Não Esquecem
Autor: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Tradução: Newton Goldman
ISBN: 9788520936528
Número de Páginas: 168
Ano: 2014
Classificação:

Skoob

Perguntada a respeito da intrigante morte dos pais de sua afilhada, ocorrida há catorze anos, a escritora Ariadne Oliver não vê outra alternativa senão pedir ajuda a seu velho amigo, o detetive Hercule Poirot. Afinal, o que exatamente aconteceu no penhasco onde o casal foi encontrado? Será que um atirou no outro e, em seguida, tirou a própria vida? Ou teria sido um pacto suicida? É chegado o momento de desenterrar velhas lembranças e tentar dar algum sentido a essa surpreendente história.

Ariadne Oliver é uma conceituada escritora de romances policiais na Inglaterra que leva sempre em sua mente um bordão: "Os elefantes não esquecem". Segundo ela, elefantes são pessoas que não se esquecem de coisas passadas, não importa a quantos anos aconteceram qualquer fato, eles sempre se lembram dos mínimos detalhes. Quando se vê perante a um caso de morte de um casal de amigos que aconteceu há 14 anos, Oliver procura Hercule Poirot, seu velho amigo detetive para desvendar este mistério, e também corre atrás de alguns elefantes para descobrir informações cruciais.

A sra. Burton-Cox, é apenas uma madame que está preocupada com o futuro de seu filho, Desmond, que insiste em querer se casar com Célia, uma linda jovem órfã, que teve seus pais mortos há 14 anos. Eis aí a questão, Célia é afilhada de Oliver, e Burton-Cox insiste em pensar que como Oliver é uma escritora de romances policiais, ela saberia desvendar o mistério que envolve a família Ravenscroft, na qual Célia faz parte.

O que a polícia concluiu foi o seguinte: Pacto Suicida. O casal teria combinado de se matar, uma vez que no revólver do marido, havia as digitais de ambos, mas quem teria puxado o gatilho primeiro? O marido matou a esposa e depois se matou? Ou a esposa matou o marido e depois se matou? Mas por qual motivo? O que teria motivado os dois a fazerem isso? Aparentemente viviam felizes, tinham filhos pequenos e levavam um padrão de vida acima da média.

No decorrer da trama, muitas informações, especulações e lembranças vêm a tona, elefantes, perucas, irmã louca, tragédias relacionadas com crianças, e finalmente o que ocasionou tudo, graças a experiência do detetive Poirot e sua persuasão com as testemunhas, para fim da curiosidade de Oliver, da própria Célia, e de todos envolvidos.

Eu nunca tinha lido nada de Agatha Christie, e por mais que este livro tenha sido considerado o pior da autora por alguns críticos, eu amei! Não consegui imaginar, nem chegar a conclusão nenhuma sem a ajuda de Poirot. Imaginei a personagem Ariadne Oliver como sendo a própria Agatha, que mesmo escrevendo diversos romances policiais, se vê sem saída quando deparada com um caso de romance policial na vida real.

É impressionante e triste ao mesmo tempo, pensar que as tragédias que nós lemos acontecem também na vida real, e por vezes, é bem pior na realidade. Mas não descarto essas maravilhosas leituras. Da pra ver até aonde a mente humana chega, tem que ter uma certa frieza para escrever tragédias não é mesmo?

Pra quem nunca leu Agatha Christie, recomendo sem por defeito nenhum. Parece até que esse clima de fim de ano combina com os livros dela. Vai lá ler pelo menos um dos 80 romances da autora e depois volta aqui pra me contar o que achou. A propósito, essa nova coleção que a Editora Nova Fronteira lançou está espetacular. Capa dura, folhas grossas e amarelas, arte de capa linda! Até agora apenas 6 títulos foram relançados, mas espero ansiosamente que lancem o maior número possível de romances da autora.

Boa leitura pra você, bom fim de ano, boas festas e até mais.