{Resenha} Endgame: O Chamado



Título: Endgame: O Chamado (Endgame #1)
Autor: James Frey e Nils Johnson-Shelton
Editora: Intrínseca
Tradução: Dênia Sad
ISBN: 9788580571868
Número de Páginas: 504
Ano: 2014
Classificação: 

A história começa há doze mil anos, quando seres poderosos desceram do céu entre fumaça e fogo e criaram a humanidade, deixando-nos regras segundo as quais viver. Precisavam de ouro, e, para extraí-lo, instalaram aqui as doze linhagens que deram origem às nossas antigas civilizações. Quando conseguiram o que queriam, foram embora. Mas avisaram que um dia retornariam e que, quando isso acontecesse, seria para o Jogo. O Jogo que determinaria nosso futuro. Os Jogadores terão que achar três chaves, que estão espalhadas pelo planeta. Quem achá-las primeiro ganha. Endgame: O Chamado acompanha a busca dos doze Jogadores pela primeira chave.

Tão legal essa nova fase de livros que vem surgindo, não? Primeiro Jogos Vorazes, depois Divergente, Jogador Nº1, a série Gone... E por aí vai. Esse tipo de livro está no topo na minha lista de preferidos, mas com Endgame: O Chamado foi diferente. Mas não pense que o resultado foi negativo... Foi mais do que ótimo. Uma das minhas melhores leituras.

Começamos o livro sendo apresentados ao Endgame. O que é? O Endgame é uma espécie de jogo que é disputado por 12 jogadores, cada um de uma linhagem. Quando eles jogam? Quando o mundo está um caos e precisa de uma "reciclagem", o Endgame acontece. Como funciona? Os jogadores deverão encontrar 3 chaves: a chave da Terra, a chave do Céu e a chave do Sol. Onde ele acontece? No próprio planeta Terra. Quem inventou esse jogo? Seres poderosos que desceram do céu e que criaram a humanidade, que deveria seguir regras. Quem ganha? Apenas um, aquele que encontrar as chaves. Agora que já sabemos o que é o Endgame, já podemos jogar.

No Endgame, cada um joga do jeito que achar melhor. Há aqueles que preferem se juntar a outros jogadores para aumentar as chances de resolver os enigmas, outros que preferem jogar sozinhos e eliminar quem está na sua frente. Os 12 jogadores são muito bem treinados, um mais do que outros, e levam esse jogo muito a sério. Afinal, vidas estão em jogo. A Terra está em jogo.

Como dito, são 12 jogadores. E o enredo segue da melhor maneira possível: pontos de vista. Não temos aquele personagem protagonista, pois são todos. Acompanhamos a vida de Sarah Alopay, a de Jago Tlaloc, Baitsakhan Donghu, Chiyoko Takeda, An Liu, Shari Shopra, Aisling Kopp, Hilan Ibn Isa, Alice Ulapala, Maccabee Adlai, Marcus Loxia Megalus e a de Kala Mozami. Cada um de uma linhagem. Todos jogadores. Todos treinados desde sempre e responsáveis pelo destino da humanidade. 

Como eu disse anteriormente, o enredo é no estilo ponto de vista. Cada capítulo é sobre um personagem ou mais de um, caso eles estiverem juntos ou no mesmo lugar. Ou seja, é possível acompanhar a jornada, a vida, os pensamentos e sentimentos de cada um. Enquanto Sarah Alopay está nos Estados Unidos em busca de respostas, no próximo capítulo acompanhamos Chyioko Takeda em sua casa no Japão, por exemplo.

Um dos pontos fortes do livro é a interação com o leitor. Há um desafio real para os leitores valendo dinheiro de verdade. No meio do livro há notas, que na verdade são links, que, ao digitá-las no navegador, nos levam a um website especial do site ou então à longitudes e latitudes de algum lugar que podemos visualizar pelo google maps. Tais notas fazem parte de um enigma e o leitor que decifrá-lo primeiro leva para casa um prêmio em dinheiro. Em adição ao enigma estará disponível um jogo on-line revolucionário desenvolvido pela Niantic Labs, empresa associada ao Google e responsável também pelo jogo Ingress. Eu, particularmente, não entendi quase nada dessas notas, portanto, deixo esse desafio para outra pessoa.

500 páginas, praticamente, que passam como se fossem 50. A leitura flui de uma forma deslumbrante. Com uma escrita magnífica e muita ação, James e Nils fazem de Endgame uma experiência mais do que maravilhosa.  

E como se não pudesse ficar melhor, Twentieth Century Fox adiquiriu os direitos de adaptação cinematográfica da obra e, ao que tudo indica, o filme será produzido por Wyck Godfrey, responsável pelo sucesso A Culpa É das Estrelas e pelos filmes da série Crepúsculo. Há planos também para uma série televisiva.

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