O post de hoje é para a semana especial sobre o livro Loney, do autor Andrew Michael Hurley, promovida pela editora Intrínseca. A editora convidou os blogs parceiros para discorrer um pouco sobre o livro, dentre vários temas, e hoje falarei sobre os personagens e relação entre os irmãos. A resenha sai nesta sexta-feira, fiquem ligados.
Loney possui personagens intrigantes e reais, o que deixa a trama ainda mais interessante. Logo de cara temos o narrador, Smith, um homem que carrega o peso de ter que cuidar de Hanny, seu irmão deficiente. Smith sempre foi um garoto bondoso e ao crescer se torna um homem misterioso e isso fica claro logo no início do livro, através de memórias de um Smith já adulto.
Hanny sofre com um tipo de autismo que o compromete sua fala e dificulta seu aprendizado, mas não existe dúvidas de que ele consegue entender tudo e se comunicar do seu jeito, mesmo com todas suas limitações.
Há também dois padres que escondem coisas: o Padre Wilfred é o estereótipo de um sacerdote perfeito, seguidor das ordens divinas mas isso logo cai por terra, enquanto que o Padre Bernard, que aparenta ser um homem engraçado e de bem com a vida, sofre com a intolerância e perseguição da Sra. Smith, que de longe é a personagem mais chata da história e me faz lembrar a mãe de Carrie (de Carrie, A Estranha) por ser extremamente religiosa e hipócrita.
O restante dos personagens são apenas secundários e servem para que a trama se desenrolar.
Sobre a relação entre os irmãos Adnrew e Hanny Smith, comovente, leal e pura são palavras que podem a descrever. Smith tem um sentimento de proteção muito grande com seu irmão, ele faz o possível e o impossível para compreender e aceitar o jeito de seu irmão, o oposto de sua mãe, que tenta a todo custo curar Hanny.
Os irmãos possuem um tipo de idioma próprio que apenas os dois são capazes de compreender. Smith tenta a todo custo se manter ao lado de seu irmão e em alguns momentos aparenta ser o único a se importar com ele e essa relação acaba movendo toda a história.
A história se passa na década de 70 e, mesmo sendo criado com uma mentalidade religiosa, Smith não vê seu irmão como um fardo a ser carregado, ele vê como seu irmão que precisa de proteção, como um amigo, o que, do meu ponto de vista, é algo muito bonito, pois é um tipo de relação que não é tão vista atualmente, o que a torna um ponto muito forte.
Enfim, na atmosfera de Loney temos alguns personagens um tanto quanto complexos, com suas personalidades numa realidade em que a religião é extramemente importante e levada como regra, porém, a relação entre dois irmãos, mesmo com suas dificuldades, principalmente por conta do autismo de Hanny, tem o seu destaque, chegando até mesmo a mexer com o psicológico o leitor.
Enfim, na atmosfera de Loney temos alguns personagens um tanto quanto complexos, com suas personalidades numa realidade em que a religião é extramemente importante e levada como regra, porém, a relação entre dois irmãos, mesmo com suas dificuldades, principalmente por conta do autismo de Hanny, tem o seu destaque, chegando até mesmo a mexer com o psicológico o leitor.
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