{Resenha} Filha da Floresta



Título: Filha da Floresta (Sevenwaters #1)
Autor: Juliet Marillier
Editora: Butterfly
Tradução: Yma Vick
ISBN: 9788588477971
Número de Páginas: 616
Ano: 2012
Classificação: 

O domínio de Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e criaturas encantadas, além dos sábios druidas, que deslizam pelos bosques vestidos com seus longos mantos...
Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era lei e a magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis amados irmãos, vítimas de uma terrível maldição que somente Sorcha é capaz de quebrar. Em sua difícil tarefa, imposta pelos Seres da Floresta, a jovem se vê dividida entre o dever, que significa a quebra do encantamento que aprisiona seus irmãos, e um amor cada vez mais forte, e proibido, pelo guerreiro que lhe prometeu proteção.

A gente tem diversas fantasias por aí envolvendo várias culturas e mitologias, sejam gregas, romanas, nórdicas, tudo cheio de mágia, seres mágicos e heróis em suas jornadas, porém, em A Filha da Floresta somos apresentados ao mundo celta da idade média, com direito a vilarejos, druídas, pessoas sendo transformadas em cisnes, uma madrasta e o tão querido romance proibido. Juliet, a autora, nos leva numa viagem através da floresta, no meio da velha Irlanda, tudo de uma forma sensacional.

De acordo com as lendas celtas, o sétimo filho de um sétimo filho seria dotado de uma grande magia e uma profunda relação com a floresta. Porém, nasce Sorcha, filha (não filho) de Lorde Colum, senhor da terra Sevenwaters. Durante o parto, a mãe de Sorcha acaba morrendo, fazendo com que a garota vivesse os seus anos sem uma figura materna, apenas com seus outros seis irmãos.

Ao decorrer dos anos, Sorcha veio apresentando uma extraordinária facilidade com a natureza, fazendo remédios, plantando, assim como aprendendo sobre as sementes e plantas, tornando-se, se podemos dizer assim, uma especialista nesse assunto. E isso se mostrou verdadeiro num dia em que um prisioneiro foi capturado.

Os bretões eram os inimigos de Sevenwaters, pois disputavam as terras e estavam em constante guerra, porém, um desses bretões foi capturado pelo pai de Sorcha. Um dos irmãos, Finbar, sempre justo, decide pedir ajuda para a irmã, pois não acreditava nessa disputa entre os dois povos, pedindo para que ela o ajudasse com a fuga do prisioneiro e ela aceita. Posteriormente, passa a tratar dele em segredo.

Durante o tratamento do bretão, por quem Sorcha adquiri simpatia, Lorde Colum arranja uma esposa, que se torna a responsável em tirar a paz da casa e ameaça a união entre os sete irmãos. Depois de um tempo, Sorcha, de apenas doze anos, presencia seus seis irmãos serem transformados em cisnes por sua madastra e foge, temendo por sua vida. Nessa fuga, a garota descobre que há um modo de salvar seus irmãos e parte numa grande aventura no meio da floresta.

A Filha da Floresta foi uma total surpresa pra mim. O livro é contato pela própria Sorcha, porém, é como se ele fosse contado verbalmente, com algumas pausas para certas reflexões da personagem. Seu efeito é gradativo, empolgando aos poucos, te emergindo nesse grande universo e em sua aventura no meio da floresta, mostrando a personalidade de Sorcha.

Quando pensamos que a personagem principal desse livro possui apenas doze anos, é impossível não se impressionar com a força e determinação que ela tem. O amor, a cumplicidade e a união entre os irmãos, que também possuem personalidades bem fortes, são outro ponto alto no enredo de Juliet. Ótimos personagens é o que não falta quando falamos de Filha da Floresta.

Apesar de suas mais de seiscentas páginas, a narrativa não se torna maçante ou até mesmo arratasda, mas é bastante envolvente. Como dito anterioremente, o livro evolui gradativamente ao decorrer da história, cada capítulo vai apresentando fatos novos, nos deixando curiosos, sendo assim até o fim do livro.

A história de Juliet, apesar de parecer bastante um conto de fada, com bastante magia, aventura e até mesmo com romance, tem certas partes que podem parecer um tanto quanto pesadas para uma criança se ler, por exemplo, mesmo com a protagonista tendo a idade que tem. É uma viagem cheia de emoções, reviravoltas e surpresas.

Sendo o início de uma trilogia, que passou a ser série, já que possui mais de três livros, Filha da Foresta começa de uma maneira muito boa, principalmente por ter como plano de fundo a cultura mágica celta, um tanto quanto "inédita". Recomendo para quem gosta de fantasia, de um romance medieval, ótimos personagens, para quem goste de um ótimo livro. 

4 comentários :

  1. Oi, tudo bem?
    Nem eu acreditei que li esse livro em uma semana, a narrativa é realmente envolvente. Mas concordo plenamente com você, tem uns pedaços bem pesados. Fora isso, adorei o livro.
    Você tinha visto que ele é uma releitura do conto The Six Swans do Hans Christian Andersen?
    Parabéns pela resenha!
    Abraços!

    EscrevendoAsas.com

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    1. Aliás, "The Wild Swans" do Andersen. Tem outra versão que chama "The Six Swans".

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    2. Oi, Anna! Eu tinha visto sim, no início do livro, mas não me lembro de ter lido ou visto algo sobre o conto original antes, então foi inédito pra mim. E obrigado!

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  2. Eu também não conhecia. Fui ler os contos originais depois - são bem legais. E os elementos são super visíveis ao mesmo tempo que mistura com a mitologia celta.

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