{Crítica} A Bela e a Fera



Esse é meu conto de fadas favorito, não apenas pelo fato do encantamento, princípes, princesas e toda a fantasia. Mas porque traz um valor que penso que todos deveriam possuir, a bondade, para ajudar, fazer o bem e ser uma pessoa que não julga as pessoas pela aparência. Essas são as pricipais qualidades de Bela e apenas elas poderão salvar a Fera, que com certeza não tinha nenhuma dessas atitudes, mas recebeu uma segunda chance com a maldição que foi lançada sobre si. Se você gosta de contos de fadas esse filme provavelmente é pra você.

A França, que possui um cinema mais autoral sem deixar de lado o comercial, resolveu embarcar nesta onda de adaptações de contos de fadas com uma versão própria de A Bela e a Fera – cuja história, não por acaso, é situada em território francês e escrita por uma francesa (Jeanne-Marie Leprince de Beaumont). O resultado é um filme requintado visualmente e que possui diferenças consideráveis em relação à versão mais conhecida da história, a animação produzida pela Disney que foi indicada ao Oscar de melhor filme em 1992.

No ano de 1810 um naufrágio leva à falência um comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas. A família se muda para o campo e Bela (Léa Seydoux), a filha mais jovem, parece ser a única entusiasmada com a vida rural. Certo dia o pai de Bela arranca uma rosa do jardim de um palácio encantado e acaba condenado à morte pelo dono do castelo, um monstro (Vincent Cassel). Para salvar a vida do pai, Bela vai viver com o estranho ser. Lá ela encontra uma vida cheia de luxo, magia e tristeza, e aos poucos descobre mais sobre o passado da Fera, que se sente cada vez mais atraída pela jovem moça.

Você pode perceber pela sinopse que a história já vai ser um pouco diferente do que a apresentada no desenho da Disney não é mesmo? Bem diferente não seria bem a palavra correta, pois na realidade a história apresentada no filme é a mais próxima a história real (Apresentada no livro Contos de fadas de Perrault, Grimm, Andersen e outros). A história, comparada ao desenho, apresenta mais sobre o passado de Bela e o da Fera, mas principalmente conta mais sobre a família de Bela. É interessante também o uso da rosa no filme, que vem a ter outro significado.

Outro fator muito interessante no filme é que a história aparece como se fosse contada para duas crianças, ressaltando o fato de ser um conto de fadas e ao mesmo tempo brincando com a possibilidade do mesmo ser real. A única coisa que quero deixar claro é que o filme não traz muitas cenas de romance, está mais para curioso e sombrio do que muito romantico erótico, então não se iluda. Mas é um filme lindo, com uma arte impecável. Vale a pena assistir!



Título: A Bela e a Fera
Elenco: Vincent Cassel, Léa Seydoux, André Dussollier
Direção: Christophe Gans
Gênero: Fantasia, romance
Duração: 113 minutos
Classificação: 12 anos
Avaliação: 

Um comentário :

  1. Como uma apaixonada confessa por cinema francês e também por admirar a atriz Léa Seydoux, digo que bobeei demais por não ter ido ver esse filme no cinema. Quis muito, mas acabei deixando passar. Ainda pretendo assisti-lo, com certeza. Gosto de saber que o filme tem um aspecto sombrio, o que me agrada bastante. Tinha lido que ele tinha um tom mais erótico, mas pelo visto não é nada assim tão notável - na verdade, isso não faz com que eu sinta mais ou menos vontade de assistir. Bom, acredito que de maneira geral o filme me agradaria bastante; espero conferi-lo logo que der.

    Beijos, Livro Lab

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