{Resenha} Black Hammer: O Evento



Título: Black Hammer: O Evento (Black Hammer #2)
Autor: Jeff Lemire, Dean Ormston e Dave Stewart
Editora: Intrínseca
Tradução: Fernando Scheibe
ISBN: 9788551004036
Número de Páginas: 176
Ano: 2018
Classificação: 

No primeiro volume da história, eleita Melhor Série Original de 2017 pelo Eisner Awards, fomos apresentados aos cinco ex-heróis e suas trajetórias pessoais. Depois de salvar o mundo numa batalha épica, eles se viram presos numa cidade que mais parece uma realidade paralela, e agora acumulam dez anos de frustrações, pois são obrigados a se passarem por pessoas comuns. Uma visita inesperada consegue romper com as barreiras invisíveis que levam até a fazenda, e com ela pode ter chegado também a chance de esses heróis finalmente saírem do purgatório.

Como se o primeiro volume já não fosse bom o suficiente, Black Hammer: O Evento se mostra ainda melhor. Antes tínhamos sido apresentados ao presente dos personagens no "purgatório", com direito à flashes do passado, contando um pouco da história de cada personagem, mesclando com fatos no presente, terminando com algo que poderia mudar tudo. É é a partir desse momento que O Evento começa.



Diferente do primeiro volume, o segundo volume de Black Hammer foca mais no passado, antes dos heróis ficarem presos na cidade onde estão. Há um foco maior no passado de cada personagem principal e em como isso os afetou, resultando nas pessoas que são hoje. Acabamos vendo o passado romântico da Menina de Ouro, as inseguranças de Abel, os traumas de Barbalien e por aí vai.

Acredito que o grande destaque desse volume vai para o Black Hammer e sua filha Lucy, pois eles não haviam sido muito mencionados no primeiro volume. Acabamos conhecendo o passado de Black Hammer, quando Lucy ainda era pequena, e a acompanhamos no presente, em sua investigação para entender o que é esse "purgatório" e como e porque os heróis foram parar lá. Lucy é a responsável por guiar a narrativa de O Evento, levando a história para um ar mais investigativo, instigando o leitor e provocando alguns questionamentos.

Ainda não temos todas as respostas. Jeff Lemire vai nos apresentando os fatos de pouco em pouco, mesclando com a situação estranha no presente, nos instigando e nos deixando cada vez mais curiosos, causando uma imersão na história. O final te deixa ávido pela continuação, que, infelizmente, teremos que esperar mais um pouquinho para conferir.

A edição é composta por uma junção de fascículos, como a primeira e segue o mesmo padrão Intrínseca de qualidade. Cada um deles focando em um personagem, se podemos assim dizer. Seria compreensível ler um fascículo de cada vez, porém a história é tão envolvente que a única saída é ler tudo de uma vez.



Essa onda de quadrinhos saindo da Intrínseca está impressionando cada vez mais. Black Hammer, um  "tributo" aos heróis dos anos 80,  já se tornou uma das minhas histórias favoritas e não vejo a hora de poder ler tudo (porém com aquele receio, já que irá acabar). Eleita como a melhor série original de 2017, Black Hammer mostra, mais uma vez, o porquê mereceu esse título.

Um comentário :

  1. O quadrinho tem umas ilustrações muito bonitas. A história parece ser muito interessante também!

    www.vivendosentimentos.com.br

    ResponderExcluir