{Crítica} Cidades de Papel




Quando se trata de adaptação, o resultado pode ser um pouco inesperado. Há uma semana, eu estava no Rio de Janeiro e já havia conferido o filme Cidades de Papel na Cabine de Imprensa graças à maravilhosa Editora Intrínseca. Confesso que o livro estava longe de ser um dos meus favoritos, mas o filme realmente me surpreendeu. Amizade, a busca pelo próprio eu e muita risada é o que a adaptação de Cidades de Papel nos traz.

No começo do filme, Quentin (ou Q, como seus amigos o chamam) narra os acontecimentos de sua infância. Havia acontecido um milagre com ele: Margo Roth Spiegelman se mudou para a casa na frente da sua. Era uma garota diferente das outras, bem aventureira.

Os dois se tornaram ótimos amigos e sempre saíam à procura de aventuras, até que um dia eles encontraram um corpo de um homem que havia se suicidado. A partir desse dia, Q e Margo acabaram se distanciando de pouco em pouco até não se falarem mais.

Os anos se passaram, e Q sempre foi o bom aluno, preocupado com suas notas para que pudesse se tornar médico, mas sempre mantendo Margo em sua mente, enquanto a garota se tornou uma das meninas mais populares da escola. Até aí, temos o perfeito clichê de filme adolescente.

Numa noite, Margo aparece na janela do quarto de Quentin pedindo para que ele a ajudasse com uma missão. Ele, um pouco relutante, aceita. E os dois partem escondidos no meio da noite para cumprir os planos da garota. Quentin e Margo se aventurando pela cidade, como antigamente. Tudo parece maravilhoso para o ele, que começa a idealizar o seu futuro ao lado da garota popular e seu amor de infância, até que Margo não dá mais as caras no dia seguinte. Ela sumiu.

A garota que sempre amou mistério acabou se tornando um e Quentin se torna responsável por revelar esse sumiço, indo atrás de pistas e lugares ao lado dos seus melhores amigos Ben e Radar, com o objetivo de encontrar o paradeiro de Margo Roth Spiegelman, o amor de sua vida.

Com uma pegada diferente da que encontramos no livro, o filme Cidades de Papel evolui muito bem. O filme todo é bem dinâmico, cada parte na medida certa. O tempo suficiente pra infância, pra missão, pra busca de Margo. No livro, a busca pelas pistas chega a ser um pouco cansativa, enquanto no filme você nem percebe o tempo passar.

Sobre as atuações, todos estão de parabéns. Cada um faz um ótimo trabalho, tornando os personagens até um pouco melhores do que no livro. Quem se destacou na atuação foi Austin Abrams, que interpreta o Ben Starling. O seu personagem, no livro, já era o meu favorito, mas a evolução no filme é mais do que evidente. Acredito que grande parte da comédia do filme seja por conta de Austin. Porém, por outro lado, senti que Radar, interpretado por Justice Smith, ficou um pouco "de lado", mas nada que atrapalhe.

O que eu acho da trilha sonora dos filmes baseados nos livros do John Green? Mais do que ótima! Sabe quando você está assistindo a um filme e sorri quando ouve uma das suas músicas favoritas tocando de fundo? Aconteceu isso comigo quando escutei Vampire Weekend em uma das cenas. Mas esse é só um exemplo, houve muito mais...

Além de todo esse trabalho bem feito, há duas surpresas no filme, mas fiquem calmos, pois não irei contar quais são. Essas surpresas, pelo menos na sala da Cabine de Imprensa, causaram certo "alvoroço", arrancando risadas e "ohs" do público. Ótima sacada, principalmente não anunciando isso pra ninguém antes da exibição do filme. Mas só uma dica: uma é a participação de um ator e a outra é uma música muito conhecida.

Enfim, a adaptação de um dos livros que eu menos gostava do John Green acabou se tornando um dos meus filmes favoritos. Um enredo simples, divertido, mas capaz de causar certas reflexões sobre o nosso papel na vida, os nossos objetivos, amigos e até mesmo sobre o amor. Recomendo para qualquer tipo de pessoa, independente do gênero, idade, cor, sexo e etc.



Título: Cidades de Papel (Paper Towns)
Elenco: Nat Wolff, Cara Delevigne, Austin Abrams, Halston Sage, Justice Smith
Direção: Jack Shreier
Gênero: Aventura, Romance, Drama
Duração: 109 min.
Classificação: 12 anos
Avaliação: 
 

5 comentários :

  1. Oi, tudo bem?! Me chamo Daniel e conheci seu blgo agora, mas já estou adorando! Já estou seguindo no gfc e curtindo a fan-page no facebook :)

    Eu li o livro, e achei regular. Espero que o filme me surpreenda mais!

    Abraços do Dan ^-^
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    1. Oi, Dan!

      Também não achei o livro tudo isso, mas o filme realmente me impressionou!

      E obrigado por seguir o blog e a fanpage! ;-)

      Abraços

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  2. Estou super ansioso para ver o filme e vi gente falando que ficou melhor que o livro. Sobre as participações surpresas estou louco para pesquisar quem são mas vou esperar a oportunidade de ir assistir ao filme para não perder a graça. Tenho alguns palpites hahahaha

    ANDYZANDO

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  3. Ooooi!
    Eu quero mt ver esse filme. Eu costumo ler o livro antes de ver o filme, mas dessa vez não vai dar... :/
    Mas depois da sua critica, não tô temerosa... Deve ser mt bom meeeesmooo! Tô super ansiosa kkkk
    Beijooos :*

    http://www.thaisnacidade.com/2015/08/4-vezes-que-vida-me-fez-rockeira.html

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  4. Oi Lucas,
    Vi o filme e não li o livro. Já vi vários comentários dizendo que é diferente e tals.
    Como eu gostei do filme, esse será um livro que não irei ler, por isso leio primeiro o livro e depois vejo o filme rsrsrs caso contrário não rola.
    Abraço.
    www.dnabookz.com

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