Todos crescemos ouvindo de nossos familiares, amigos, professores que devemos ser leitores assíduos e que devemos incentivar as pessoas a nossa volta a lerem também, mas tenho quase certeza que você que está ai do outro lado da tela já parou para se perguntar os motivos para que as pessoas repitam tanto essa informação durante nosso crescimento, bem como já deve ter parado para pensar o por quê dos professores cobrarem leituras nas escolas e talvez se você foi um adolescente questionador deve ter perguntado algumas vezes "por que tenho que ler se quero ser engenheiro e não professor".
De acordo com resultados de um estudo da Fundação Itaú Unibanco, o que foi realizado à partir da análise de inúmeros artigos científicos sobre o impacto da leitura na infância (inclusive a realizada pelos pais que pode ser visitada em: Incentivo), conclui-se que a leitura apresenta inúmeros impactos no decorrer da vida do indivíduo e que se distanciam do entretenimento puro e aproximam-se muito das delimitações e rumos que eles tendem a tomar. Para os pesquisadores da fundação, o incentivo a leitura durante a primeira infância é um fator que tem impacto direto nos níveis de inteligência, de anos de escolaridade e na motivação acadêmica da pessoa, bem como ressalta que o aprimoramento das habilidades de leitura até os sete anos influi no nível socioeconômico que ele terá aos 40 anos.
Em um estudo apresentado pela Revista Crescer, que refere-se a uma pesquisa apresentada em uma das edições da Pediatric Academic Societies (PAS), podemos inferir que o estímulo precoce à leitura influencia na atividade cerebral da criança e gera impactos que durarão durante toda sua vida, enfatiza-se também que esse estímulo se reflete na futura capacidade de processamento de histórias, de criação de imagens e que aumenta as chances de a criança tornar-se uma leitora ávida em sua vida adulta.
"Okay Gabrielle, entendi que é importante incentivar as crianças a lerem desde cedo e que isso pode impactar em minha vida adulta, mas se eu me tornar leitor mais tarde quais são os impactos?", para Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2010, pessoas com o hábito da leitura apresentam uma série de características que podem diferenciá-los das pessoas que não o possuem, como a capacidade de distinguir se uma ideia que lhe é apresentada é real ou ficcional, maior senso crítico, maior capacidade empática, capacidade de questionar e mundo e de não ser manipulado.
Segundo uma pesquisa apresentada pelo Correio Braziliense a assiduidade na leitura pode também ser correlacionada a outros hábitos da vida dos leitores, dentre os resultados apresentados à partir da aplicação de 5 mil questionários, nota-se que as pessoas que leem mais praticam mais atividades físicas e esportes, reúnem-se mais frequentemente com os amigos e até mesmo participam de um maior número de eventos em bares e restaurantes, esses resultados são bastante relevantes, visto que enfatiza os aspectos de sociabilidade de leitor e desmistifica o pré-conceito de que eles são pessoas chatas e sem tempo de realizar outras atividades.
Além do que já foi exposto também podemos ressaltar que pessoas que possuem uma maior carga de leitura e um hábito frequente de realizá-la possuem maior mobilidade social, de modo geral apresentam melhores cargos de trabalho (por possuir a capacidade de realizar leituras que possam atualizá-lo frequentemente), um vocabulário mais extenso e rico, melhor capacidade de expressão e entendimento, maior criatividade e curiosidade desperta.
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