{Resenha} Novembro, 9



Título: Novembro, 9
Autor: Colleen Hoover
Editora: Galera
Tradução: Ryta Vinagre
ISBN: 9788501076250
Número de Páginas: 352
Ano: 2016
Classificação: 

Autora número 1 da lista do New York Times retorna com uma história de amor inesquecível entre um aspirante a escritor e sua musa improvável. Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?

Colleen Hoover é um nome bastante famoso quando se trata de romances, principalmente quando o público alvo é o young adult/new adult. O meu primeiro contato com a autora foi esse ano, com Nunca Jamais, que foi escrito juntamente com a Tarryn Fisher, que eu gostei bastante, mas ele era considerado mais um thriller do que um romance. Além de não conhecer o talento de Colleen através de um romance, eu também nunca havia lido um romance New Adult. Acredito que não tinha como ter um primeiro contato melhor do que o que tive lendo Novembro, 9.

No enredo de Novembro, 9, conhecemos Fallon, que aos 16 anos, no dia 9 de Novembro, foi vítima de incêndio e teve metade do corpo queimada, deixando seu corpo com várias cicatrizes. A garota era atriz na época e essas cicatrizes fizeram com que ela perdesse o seu papel e, como consequencia, abalou também sua confiança. A partir daquele dia, Fallon passou a usar roupas que escondessem suas queimaduras e nunca mais foi a mesma.

Com 18 anos, dois anos depois, a garota está num restaurante com o pai, com quem tem uma relação conturbada, pois ela o culpa pelo incêndio, para avisar que está de mudança para Nova York, onde irá tentar adentrar na carreira de atriz novamente, só que agora no teatro, pois parece um pouco mais possível para a garota, porém, seu pai, que já foi um ator famoso, discorda. Os dois começam uma discussão, até que um estranho se senta juntamente com eles à mesa e finge ser namorado de Fallon para ajudar a garota a se defender de seu pai. Esse estranho é Ben, um garoto de 18 anos e aspirante a escritor.

Após essa situação um tanto inusitada, os dois passam o resto do dia juntos, o que dá muito certo, porém, Fallon está se mudando para o outro lado dos Estados Unidos e acredita, por conta de sua mãe, que uma mulher deve estar sozinha pelo menos até os 23 anos para poder se autoconhecer, ou seja, não poderia entrar num relacionamento. A partir da situação de Fallon, os dois decidem se encontrar sempre no dia 9 de Novembro, sem manter contato nos outros dias do ano, até que Fallon completasse 23 anos. Enquanto isso, Ben escreveria um livro, que seria sobre a história dos dois.

O enredo de Novembro,9, de início, me pareceu um tanto clichê e até um tanto desinteressante, porém, ao iniciar a leitura, o sentimento foi completamente outro. O livro alterna os pontos de vista de Fallon e Ben, sempre em primeira pessoa, e narra apenas um dia, o dia 9 de novembro. Temos um intervalo de um ano, sem acompanhar por completo como foi esse período para os personagens. Isso foi muito legal.

Ao decorrer da história, somos apresentados a diversas emoções de acordo com o dia 9 de novembro. Alguns despertam alegria, outros ira, outros completa decepção e tristeza. Ao decorrer dos anos também percebemos o amadurecimento dos personagens, o que é muito legal. Colleen nos leva através da história do casal com direito à várias emoções no trajeto.

O livro tinha tudo para se tornar apenas mais um romance clichê, mas Colleen conseguiu torná-lo único. A escrita da autora é tão envolvente que é impossível parar de ler o livro, pois a imersão é completa. Colleen soube exatamente onde colocar cada coisa, instigando o leitor até o final. Uma coisa bem legal que podemos encontrar em Novembro, 9 é a brincadeira que a autora faz com os clichê em romances, como amor instantâneo, o bad boy, o beijo digno de nota 10 e etc. É surpreendente!

Eu gostei tanto da leitura de Novembro, 9, que me despertou um desejo de conhecer os outros trabalhos de Colleen, pois, pelas críticas que eu pude observar, a autora sempre surpreende. Esse é um livro sobre amor, sobre perdas, amadurecimento, amor próprio, que causa certas reflexões, principalmente sobre dor e aceitação, e que garante que o leitor sinta várias emoções durante a leitura, cheio de idas e vindas. É mais do que recomendado.
  

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