{Crítica} Thor: Ragnarok



Thor: Ragnarok é o mais novo filme do Deus do Trovão, desta vez dirigido por Taika Waititi; o mesmo diretor de O que Fazemos nas Sombras (What We Do in the Shadows) de 2014, e A Incrível Aventura de Rick Baker (Hunt for the Wilderpeople) de 2016. 

Esse é um daqueles filmes que muitos vão adorar e muitos vão odiar, principalmente pelo tom que leva. Desta vez não temos nenhum filme sério, recheado de piadas fora de tom, não. Aqui temos uma comédia espacial, que bebe muito da fonte de Guardiões da Galáxia, com seu estilo voltado para os anos oitenta, desde sua trilha sonora, cheia de sintetizadores e músicas que vão te fazer lembrar de muitas coisas do passado, sua fotografia bonita e saturada e ao seu visual chamativo e cheio de excessos (de uma forma boa, claro).

Obviamente o filme não é perfeito. Sua montagem parece um tanto quanto apressada, muitas vezes (principalmente no primeiro ato) tendo passagens de tempo excessivas, fazendo com que ficasse um sentimento de falta na cena. Outro problema notável do filme é que temos um conflito entre seu tema e seu estilo, veja bem: o filme aborda o Ragnarok, o evento mortal dos deuses nórdicos, porém ele é uma comédia, fazendo com que não tenhamos o peso necessário em certas cenas mais dramáticas. Um exemplo é o fato de que o filme trata de uma possível extinção de uma civilização e você não dá a mínima para isso. (E sim, eu preciso falar dos erros de CGI, que não são muitos, mas quando acontece, são tristes, como um personagem de papelão andando atrás de um ator).

Mas claro, não é porque o filme se assume uma comédia que ele perde pontos grandes por isso, pelo contrário, Taika Waititi está em casa aqui, repleto de seu humor inteligente e que se auto satiriza. Ele consegue extrair o melhor de seus atores para seus respectivos papéis; descobrimos em Caça-Fantasmas (2016) que Chris Hemsworth tem uma veia cômica muito boa e aqui ele está ótimo, caso você nunca tenha gostado do Thor do MCU, provavelmente desta vez ele irá te chamar a atenção. Outro que também está muito bem revivendo seu papel é Tom Hiddleston, como Loki, fazendo com que sua interação com Thor seja ainda melhor depois de anos. Também temos Mark Rufallo revivendo nosso querido Hulk após seu hiato perdido depois de Vingadores: Era de Ultron. Apesar de sua presença ser mais forte quando ele se torna o gigante esmeralda, não podemos mentir e falar que ele não tem um carisma e um humor muito bom.

E, obviamente, precisamos falar de Cate Blanchett e Tessa Thompson, pois as duas roubam a cena aqui. Cate entrega uma vilã cheia de trejeitos e um timing cômico sensacional, revirado em ironia e arrogância, mas, infelizmente, não possui um tempo em tela tão grande quanto o esperado, fazendo com que suas motivações não sejam tão bem aceitas quanto deveriam, mas, ainda sim, Hela é uma ótima vilã e o MCU necessitava disso. Podemos dizer que a Valkiria (Tessa.T) é a personagem com a carga emocional mais forte no filme e sua interpretação descontraída e forte mostra o porquê de ela estar ali!

Thor Ragnarok com certeza trouxe outro modo de vermos o Deus do Trovão. Se arriscando e buscando novos ares para trilogia, mesmo com erros de montagem e CGI, é um ótimo filme para você se divertir e aproveitar o tempo.



Título: Thor: Ragnarok
Elenco: Chris Hemsworth, Cate Blanchett, Tom Hiddleston, Tessa Thompson
Direção: Taika Waititi
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Sci-Fi
Duração: 130 min.
Classificação: 12 anos
Avaliação: 

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